Ah, querida. Que emoção encontrar o meu Pai aqui, junto a essa linda declaração de amor à língua. Ele ia se sentir absolutamente em casa, não havia nada de que gostasse mais do que uma boa conversa sobre dicionários e etimologias. À exceção, talvez, dos dicionários em si. Uma vez gastou os tubos numa gramática portuguesa do Xironga, Mamãe ficou indignada com aquele desperdício, ele concordou, mas fez uma observação importante, "A gente nunca sabe quando vai precisar de uma gramática Xironga". Isso virou piada interna nossa e, até hoje, cada vez que alguém faz uma compra extravagante na família, a gente fala na Gramática Xironga. "Como aprendi o português" é o meu livro favorito dele, o mais pessoal, aquele no qual eu melhor ouço a voz dele.
Me lembrei de te contar de duas palavras de que o meu pai gostava muito: arcondicionário e brilhoteca. “Arcondicionário” era como o Paulinho chamava o ar-condicionado quando era pequeno; brilhoteca era o jeito da Bia, ainda criança, de dizer biblioteca. Ele gostava tanto que mandou gravar as duas em plaquinhas. :-)
Hoje tenho prova de introdução aos estudos linguísticos e mais cedo estudava e pensava sobre língua. É incrível como a vida faz as coincidências serem postas às claras.
já tinha curtido o texto antes de ver que você indicava o amado livro do Paulo Rónai, que tantas alegrias já me deu. sobre este, uma curiosidade, em forma de artigo. deixo o link, por sorte ainda vivo:
Ana, sua Lábia é realmente fenomenal. São os textos que mais gosto de ler por aqui, mas nessa edição, você arrasou ainda mais 💛 ( além disso, fico louca pra ler todas as indicações)
No A Teoria da Bolsa da Ficção, da Ursula K Le Guin, ela conta que a Virginia Woolf tinha um projeto de livro em que ela pretendia reinventar o inglês. No caso, as palavras que já existiam, significariam outra coisa.
Sabe, tenho uma 'clienta' que diz que tem coisa que só consegue expressar em inglês, porque em português não 'cabe' o que ela quer dizer... eu apenas sorrio, pois, sabe nada essa moçoila. Lembrei dela, lendo essa sua crônica.
Interessante que convescote é uma das minhas palavras, olha só que coincidência.
Por último e não menos importante: ABAIXO A AMAZON, E ACIMA ANA LIMA!!
E se voces me permitem eu tambem vou fazer una indicacao que conversa deverasmente bem com A Labia de hoje. Mas nao de literatua, de teatro. O Céu da Língua, do Gregorio Duvivier, é um deslumbre e um desbunde linguistico!
Ah, querida. Que emoção encontrar o meu Pai aqui, junto a essa linda declaração de amor à língua. Ele ia se sentir absolutamente em casa, não havia nada de que gostasse mais do que uma boa conversa sobre dicionários e etimologias. À exceção, talvez, dos dicionários em si. Uma vez gastou os tubos numa gramática portuguesa do Xironga, Mamãe ficou indignada com aquele desperdício, ele concordou, mas fez uma observação importante, "A gente nunca sabe quando vai precisar de uma gramática Xironga". Isso virou piada interna nossa e, até hoje, cada vez que alguém faz uma compra extravagante na família, a gente fala na Gramática Xironga. "Como aprendi o português" é o meu livro favorito dele, o mais pessoal, aquele no qual eu melhor ouço a voz dele.
ô cora, assim você me mata ❤️ obrigada demais pela mensagem e viva o dicionário de xironga ❤️❤️
Me lembrei de te contar de duas palavras de que o meu pai gostava muito: arcondicionário e brilhoteca. “Arcondicionário” era como o Paulinho chamava o ar-condicionado quando era pequeno; brilhoteca era o jeito da Bia, ainda criança, de dizer biblioteca. Ele gostava tanto que mandou gravar as duas em plaquinhas. :-)
A história do Paulo Ronai com a língua portuguesa me emocionou. Essa “carta de notícias” inteira é um caso de amor com a língua, aliás
e não deu pra contar nem.a metade! e bonito demais ❤️
Eu amo que quando A Lábia "atrasa", vem com juros de mora e correção monetária. Hoje achei especialmente gostosa de ler.
ufa, limpei minha barra
Hoje tenho prova de introdução aos estudos linguísticos e mais cedo estudava e pensava sobre língua. É incrível como a vida faz as coincidências serem postas às claras.
espero que você tenha professores mais circunspectos! boa prova
já tinha curtido o texto antes de ver que você indicava o amado livro do Paulo Rónai, que tantas alegrias já me deu. sobre este, uma curiosidade, em forma de artigo. deixo o link, por sorte ainda vivo:
https://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/07/21/paulo-ronai-e-budapeste/
Martin, meu filho, pede pra jogar chutebol. A melhor palavra ❤️
aaaaaaaah sabidíssimo <3
eu vi só o assunto na caixa de entrada e pensei: “se ela não citar o ‘como aprendi português’…” hahaha esse livrinho é um deleite!
meu preferido <3
Sabe que aqui eu aperto o coração antes de ler? Pois é.
Davi ❤️
Que beleza! presente para quem ama linguagem/vida. Parabéns pelo trabalho.
Texto bom de ler, muito divertido!!!
Quelonious Monk ♥️
Ana, sua Lábia é realmente fenomenal. São os textos que mais gosto de ler por aqui, mas nessa edição, você arrasou ainda mais 💛 ( além disso, fico louca pra ler todas as indicações)
que bom que bateu bem aí ❤️
Super! 💛
No A Teoria da Bolsa da Ficção, da Ursula K Le Guin, ela conta que a Virginia Woolf tinha um projeto de livro em que ela pretendia reinventar o inglês. No caso, as palavras que já existiam, significariam outra coisa.
Que deleite, esse textículo!
Sabe, tenho uma 'clienta' que diz que tem coisa que só consegue expressar em inglês, porque em português não 'cabe' o que ela quer dizer... eu apenas sorrio, pois, sabe nada essa moçoila. Lembrei dela, lendo essa sua crônica.
Interessante que convescote é uma das minhas palavras, olha só que coincidência.
Por último e não menos importante: ABAIXO A AMAZON, E ACIMA ANA LIMA!!
isso! ❤️🍀
E se voces me permitem eu tambem vou fazer una indicacao que conversa deverasmente bem com A Labia de hoje. Mas nao de literatua, de teatro. O Céu da Língua, do Gregorio Duvivier, é um deslumbre e um desbunde linguistico!
Li o poema alto e me peguei rindo sozinha...É nessas horas que eu dou graças a deus de falar BRASILEIRO!